quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Energia à portuguesa


Esta semana, o jornal americano New York Times destacou uma notícia sobre Portugal em que nos coloca como um exemplo a seguir no campo energético. Foi uma excelente notícia para o nosso país e talvez, quiçá, a (única?!) medida, nos últimos 10 anos, que trará benefícios económicos nos próximos anos: o tema energético.

O jornal americano destaca que 45% da energia consumida em Portugal já advém de fontes renováveis (em substituição dos combustíveis fósseis) e que em 2011, segundo o primeiro-ministro (em quem nem sempre podemos e devemos acreditar), o país espera ser o primeiro a instalar postos de «abastecimento» para carros eléctricos. Note-se que, segundo relatórios da Agência Internacional para a Energia, só em 2025 países como a Irlanda ou a Dinamarca terão 40% da sua base energética em fontes renováveis.

O jornal nota também que os preços da energia são maiores em Portugal que nos EUA, facto para que terá também contribuído os crescentes investimentos das empresas na nova estrutura energética, quer internamente, quer externamente. Os preços subiram 15% nos últimos 5 anos.

Os apoios ao financiamento para a aquisição de painéis solares aparecem, neste sentido, como uma iniciativa de sucesso mas também com alguns aspectos negativos. Assumindo, o Estado português, uma política correcta em termos de sustentabilidade energética futura, tal política tem custos actuais elevados, ainda mais numa época de recessão económica e incertezas no panorama político-financeiro da União Europeia. Mais ainda, com as subidas das tarifas energéticas são os mais pobres, aqueles que já são prejudicados pela criminosa educação e pela não democrática justiça, aqueles que sofrem mais com tamanha política despesista e estadista praticada pelo partido socialista nos últimos 15 anos.

E sabemos que a classe pobre (rendimentos anuais inferiores a 10.000 €) já constituem mais de metade de toda a população portuguesa! Não obstante e se ainda existirmos daqui a 10 anos, estaremos agradecidos a estes desenvolvimentos na política energética e à visibilidade que permitirá atrair bom investimento estrangeiro para o nosso país.


Jorge Manuel Honório

1 comentário:

Anónimo disse...

Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

- Daniel