sexta-feira, 26 de junho de 2009

" O que importa é ter uma teoria "

A gestão dos activos e recursos humanos é, possivelmente, o maior desafio ao crescimento e consolidação de uma empresa no mercado global em que vivemos hoje. Como referira o CEO de uma grande empresa portuguesa, a grande guerra a disputar no século XXI será a guerra pelo e para o conhecimento. Neste sentido e à luz das exigências que hoje são colocadas às organizações em todo o mundo, torna-se cada vez mais real a necessidade de conjugar uma integração global com uma responsabilização local e o potenciar da inovação e aprendizagem à escala mundial.

As competências ao dispor de uma organização são, naturalmente, o grande veículo de crescimento e aproveitamento das oportunidades que todos os dias surgem no panorama competitivo mundial e é neste campo, portanto, que a empresa deve centrar as suas decisões estratégicas e focalizar as suas actividades da cadeia de valor.

A motivação sobressai como um dos valores mais essenciais á adopção de modelos e estratégias baseadas em competências. Uma empresa tem de “trabalhar” pela motivação dos seus activos de modo a que daí resulte uma vontade de empenho e dedicação cada vez maior e que isso se traduza em lucro e na concretização dos objectivos operacionais e estratégicos. Maior motivação gerará maior conhecimento, capacidade e comportamento individual que, por seu turno, entrarão no espírito e cultura organizacional do grupo.

Na fronteira da motivação e da capacidade competitiva do indivíduo e do seu grupo de trabalho, temos a avaliação do desempenho. É aqui que reside a quantificação das qualidades e defeitos de uma organização, bem como o nível de competências dos colaboradores suportados pelas diferentes teorias motivacionais nas funções individuais.

Para empresas que actuem em diferentes negócios e mercados, sou da opinião de que é recomendável uma avaliação de desempenho por competências, na medida em que, basicamente, as grandes necessidades de inovação e empreendedorismo local não residem na necessidade de uma especialização baseada na tarefa, mas sim na capacidade de explorar novas oportunidades e, portanto, no enfoque em factores de criatividade e empreendedorismo pessoal. Nas sociedades modernas, a gestão eficiente dos modelos de competências e avaliação de desempenho terão de se traduzir em sistemas de recompensas enquadrados (sempre) na estratégia global da empresa. O sistema de recompensas, independentemente da sua extrincicidade (apesar da sua componente salarial sempre obrigatória) ou intrincicidade, deverá premiar o desempenho do indivíduo tendo em conta não apenas o trabalho desenvolvido dentro da sua função, mas também os níveis de responsabilidade hierárquicos que ocupa com eficiência e produção.

Jorge Manuel Honório